EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20120113

O Claustro da Sé de Viseu



O claustro da “Sé Catedral de Santa Maria de Viseu” [saber +] ocupa parcialmente o espaço dos demolidos alcácer real e claustro gótico trecentista de João de Lamego.
Edificado, entre 1528 e 1534, por iniciativa de D. Miguel da Silva o bispo de Viseu que foi cardeal em Roma [saber +], segundo o desenho de Francesco da Cremona, arquitecto italiano, oriundo da Toscana que acompanhou D. Miguel quando foi forçado a regressar a Portugal, por exigência de D. João III e se tornou o seu arquitecto privativo.
O claustro é considerado uma obra prima da arquitectura do renascimento português e o precursor da afirmação do estilo no nosso país.
Dagoberto Markl afirma “ser um belíssimo claustro de arcarias assentes em elegantíssimas colunas jónicas romanas”; e Rafael Moreira classifica-a “uma das obras-primas da arquitectura do renascimento português”, inspirado no “famoso cortile do palácio ducal de Urbino, construído por L. Laurana e Francesco di Giorgio Martini cerca de 1470.”
Quadrangular, cada lado tem quatro arcos de volta redonda, assentes sobre colunas jónicas estriadas verticalmente.
As abóbadas de aresta são de tijolo rebocado, decoradas com oito bocetes circulares em pedra de Ançã, policromados que representam alternadamente o leão dos Silvas, com a mitra ou sob o chapéu de borlas episcopal [saber +].

Fonte: ALVES, Alexandre, “A Sé Catedral de Santa Maria de Viseu”, Câmara Municipal de Viseu, Santa Casa Misericórdia de Viseu, Grupo Amigos Museu Grão Vasco, 1ª edição, Viseu, 1995