A atribuição da construção da Cava de Viriato aos romanos é cada vez mais duvidosa e a tese da sua origem árabe mais convincente. Certo é que continuamos sem saber quais os resultados dos trabalhos dos arqueólogos que acompanharam as obras da construção do Túnel de Viriato e da polémica "requalificação" da fortaleza. Para relembrar a configuração original foram retirados os sinais da sua transformação em passeio público feita pelos militares do vizinho quartel de Infantaria nº 17 e pela câmara municipal no final do séc. XIX, porém foi construída uma cara, desconfortável e perigosa "passadeira" em lajes descontínuas de granito e semeada relva nas faces dos muros, no passadiço e em espaços interiores e exteriores junto das muralhas que nalguns lugares foram consolidadas. Uma vez que os relvados não tiveram os cuidados necessários já foram invadidos por muitas plantas silvestres. Como também deixaram de cortar a relva o monumento está ficar muito parecido com um "enorme lameiro", cheio de ervas muito altas, por estes dois motivos não é nada estranho que os vizinhos lá vão cortar feno para o gado e o trevo que os coelhos tanto apreciam. Ontem ouvi um vizinho, desgostoso com a descaracterização do local, em tom de ironia dizer que: "afinal ainda temos amigos...".
As imagens mostram um cavaleiro e a respectiva montada que na passada semana "surpreeendi" na Cava de Viriato... enquanto o animal pastava o cavaleiro sentou-se a descansar sobre uma das lajes de granito.
